sexta-feira, dezembro 28, 2007

Já nasceu


Na madrugada de 24 de Dezembro, após um relativamente sofrido trabalho de parto, nasceu o menino mais lindo do mundo.
Chama-se Ricardo e pesava na altura 3,760 kg e é mesmo o menino mais lindo do mundo.


quinta-feira, dezembro 20, 2007

O Natal



Fui educada dentro da religião católica, cresci a ir à catequese, fui baptizada, fiz a primeira comunhão e em pequenita ia à missa religiosamente todos os Domingos.
Depois cresci, e comecei a questionar os valores e as ideias que me haviam sido incutidos desde a nascença sem que eu pudesse reclamar. E quando os questionei não consegui encontrar ninguém que me desse respostas convincentes ou que me fizessem continuar a acreditar como todos os outros da minha família.
Quando era ainda adolescente iniciei uma busca espiritual através do estudo de outra religiões, comprei livros, li, conversei com padres entre outras pessoas ligadas às várias religiões, enfim tentei percorrer um caminho que me levasse a encontrar algo com que eu própria me identificasse e na verdade apenas me consegui identificar comigo mesma e acreditando que tudo aquilo que consigo ou não alcançar depende do esforço que eu mesma coloco à disposição do concretizar dos meus objectivos.
Depois cheguei à conclusão de que sou Agnóstica ou seja não sei se existe Deus ou qualquer outra entidade superior porque assim como não posso provar que este existe também nunca vi qualquer prova do contrário.

Depois da adolescência cresci casei e tive filhos, para grande choque da família decidi não as baptizar, uma vez que para mim e para o pai este é um gesto completamente vazio de significado, consequentemente também nunca expliquei a nenhuma das minhas filhotas nenhum dos pressupostos de qualquer religião.

A mais velha, que vai agora fazer 5 anitos começou agora a fazer perguntas, para que servem as igrejas, o que é um padre, o que significa rezar, e no último fim-de-semana, o que é um presépio... Tanto eu e o pai ficámos um bocadinho atrapalhados porque é difícil explicar a uma criança o facto de existirem tantas pessoas no mundo que acreditam sem questionar, na existência de um ser superior que como que comanda o mundo e que quando precisam falam sozinhas para se sentirem bem acreditando que alguém ou algo as ouve (porque é isso que é rezar não é?).
E explicar o que é o presépio quando eu própria não acredito na história da virgem, do pastor e da estrela também é um bocadinho difícil...

Quando o bisavô morreu no ano passado consegui explicar-lhe o que é a morte e acho que na cabeça dela essa questão ficou resolvida, agora este ano o dilema de lhe explicar o que é o Natal sem lhe incutir a minha versão agnóstica da religião nem a versão extrema do catolicismo, tem sido um pouco difícil de ultrapassar porque ela só tem 4 anos.

Por isso, sem desvalorizar as crenças de cada um, se alguém tiver alguma ideia faça favor...